terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Quem

És o oposto de inspiração
como um café sem açúcar
és tensão, tesão e traição
como um cigarro em jejum.
É a tua ruela
vejo-te à janela
com vidros partidos
de madeira húmida
que a chuva aquece 
e o sol esquece.
Estas sempre lá
nesse cenário medonho
gélido, arrepiado
e com ar tristonho.
sorrio-te olá
baixas-me o olhar
digo-te adeus
prometo voltar.
És o aposto de paixão
como uma maçã verde
és cão, lobo e leão
como vinho estragado.
vejo-te de mãos nos bolsos
caminhas à chuva
de cabeça baixa
andas de cor
não vês em redor.
La estas tu
de aspecto cru
de cabelo molhado
e olhar apagado
num cenário cinzento
tremido de vento.
És o oposto de amor
Como uma cama fria
és rancor sem sabor
Como um mendigo de fato.
Vejo-te ao longe
em tons apagados
és sombra, és escuro
ríspido e duro.
És tu no teu mundo
podre e imperfeito
de paisagem vazia
e conteúdo desfeito.


 






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